Transtorno de Personalidade Borderline: conheça um tratamento eficaz.
- 5 de jun. de 2023
- 4 min de leitura
Atualizado: 26 de abr. de 2024
O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), também conhecido como Transtorno de Personalidade Limítrofe, é um transtorno de personalidade que afeta a maneira como uma pessoa pensa, sente e se relaciona com os outros. É caracterizado por padrões de instabilidade emocional, impulsividade, dificuldade em manter relacionamentos estáveis e uma imagem distorcida de si mesmo.

As pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline geralmente experimentam emoções intensas e instáveis, podendo alternar rapidamente entre a euforia e a tristeza profunda. Elas podem ter uma autoimagem instável e uma sensação de vazio emocional, além de enfrentarem dificuldades em controlar impulsos, o que pode levar a comportamentos autodestrutivos, como automutilação, comportamento suicida, abuso de substâncias e padrões turbulentos de relacionamento.
O TPB é um transtorno relativamente comum e pode afetar pessoas de diferentes origens e culturas. No entanto, o TPB pode ser um transtorno complexo de diagnosticar devido à natureza variável e multifacetada dos sintomas, bem como às semelhanças com outros transtornos mentais. Isso significa que muitas pessoas que sofrem de TPB podem não receber um diagnóstico adequado ou podem ser diagnosticadas erroneamente com outros transtornos. Isso dificulta que as pessoas com este transtorno possam receber o tratamento mais adequado.
Sintomas do TPB
O Transtorno de Personalidade Borderline apresenta uma ampla gama de sintomas que podem variar de uma pessoa para outra. Os sintomas mais comuns incluem:
Instabilidade emocional: As pessoas com TPB frequentemente experimentam emoções intensas e mudanças de humor rápidas. Elas podem passar de extremos de euforia, raiva ou irritabilidade para tristeza, ansiedade ou desespero em curtos períodos de tempo.
Relacionamentos instáveis: As pessoas com TPB geralmente têm dificuldade em manter relacionamentos estáveis e duradouros. Elas podem idealizar intensamente uma pessoa e, em seguida, desvalorizá-la rapidamente. Isso pode levar a padrões de relacionamento intensos e tumultuados, alternando entre a idealização e a desvalorização.
Medo de abandono: O medo intenso de ser abandonado é uma característica central do TPB. As pessoas com esse transtorno podem se sentir extremamente ansiosas e reagir de forma exagerada a qualquer indício de abandono, mesmo que seja percebido de forma distorcida.
Comportamento impulsivo: Impulsividade é outra característica proeminente do TPB. Isso pode se manifestar em comportamentos como gastar dinheiro de forma irresponsável, abuso de substâncias, comportamento sexual de risco, compulsões alimentares, automutilação e tentativas de suicídio.
Autoimagem instável: As pessoas com TPB frequentemente têm uma imagem de si mesmas instável e pouco clara. Elas podem ter uma falta de senso de identidade ou uma sensação persistente de vazio emocional.
Comportamentos autodestrutivos: O TPB está associado a um maior risco de automutilação e comportamento suicida. As pessoas com esse transtorno podem se envolver em cortes, queimaduras ou outros comportamentos de automutilação como uma forma de aliviar a dor emocional.
Sensação de vazio emocional: Muitas pessoas com TPB relatam uma sensação persistente de vazio emocional, como se algo estivesse faltando em suas vidas, mesmo quando estão cercadas de outras pessoas.
Causas do TPB
As causas específicas do Transtorno de Personalidade Borderline ainda não são completamente compreendidas. No entanto, acredita-se que uma combinação de fatores genéticos, psicológicos e ambientais possa desempenhar um papel no desenvolvimento desse transtorno. Alguns dos principais fatores que são considerados como possíveis causas incluem:
Fatores genéticos: Estudos sugerem que existe uma predisposição genética para o TPB. Pessoas com familiares de primeiro grau (pais ou irmãos) com TPB têm maior probabilidade de desenvolver o transtorno do que a população em geral.
Trauma e experiências adversas na infância: Experiências traumáticas, abuso físico, sexual ou emocional, negligência, separação precoce dos pais ou instabilidade familiar durante a infância podem aumentar o risco de desenvolvimento do TPB. Essas experiências podem afetar o desenvolvimento emocional e a regulação das emoções, contribuindo para os sintomas do transtorno.
Vulnerabilidade emocional: Algumas pessoas podem ter uma vulnerabilidade emocional inata, que as torna mais propensas a desenvolver o TPB. Essa vulnerabilidade pode estar relacionada a características temperamentais, como alta sensibilidade emocional, dificuldades na regulação das emoções e intensidade emocional.
Fatores ambientais: O ambiente em que uma pessoa cresce e vive também pode desempenhar um papel no desenvolvimento do TPB. Ambientes familiares disfuncionais, instabilidade emocional, falta de apoio social, modelos inadequados de relacionamentos saudáveis e falta de habilidades de comunicação podem contribuir para o surgimento do transtorno.
A hipnoterapia no tratamento do Transtorno de Personalidade Borderline
A hipnoterapia pode ser uma abordagem terapêutica complementar no tratamento do Transtorno de Personalidade Borderline, auxiliando de diversas maneiras, entre elas:
Redução do estresse e ansiedade: A hipnoterapia pode induzir um estado de relaxamento profundo, o que ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade associados ao TPB. Isso pode auxiliar na regulação emocional e no desenvolvimento de uma maior estabilidade emocional.
Ressignificação de memórias traumáticas: Durante a hipnoterapia, é possível acessar memórias traumáticas e trabalhar no processamento e na ressignificação dessas experiências. Isso pode ajudar a reduzir a intensidade emocional associada a eventos passados e promover a cura emocional.
Identificação e modificação de crenças limitantes: A hipnoterapia pode ajudar a identificar crenças negativas e limitantes que contribuem para os padrões disfuncionais de pensamento e comportamento no TPB. Por meio da reestruturação cognitiva durante o estado de transe hipnótico, é possível modificar essas crenças e substituí-las por pensamentos mais positivos e construtivos.
Controle de impulsos: A hipnoterapia pode auxiliar no fortalecimento do autocontrole e na redução de comportamentos impulsivos e autodestrutivos comuns no TPB. Por meio da sugestão hipnótica, é possível desenvolver uma maior capacidade de tomar decisões conscientes e evitar respostas impulsivas.
Desenvolvimento de habilidades de regulação emocional: A hipnoterapia pode ajudar a desenvolver habilidades de regulação emocional, como a capacidade de identificar e expressar emoções de maneira saudável. Isso pode ajudar a reduzir a intensidade e a instabilidade emocional característica do TPB.
É importante ressaltar que o TPB é uma condição complexa e pode requerer tratamento multidisciplinar.
Sobre a Autora:
Dra. Marina Zuanazzi é hipnoterapeuta, biomédica, mestre e doutora na área de Saúde Socioemocional, formada pela Unesp, com doutorado sanduíche na Universidade de Illinois em Chicago-EUA. Ela possui experiência em saúde e educação socioemocional e escreve regularmente sobre os benefícios da hipnoterapia para a saúde mental.
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Aqui você vai conhecer um mundo de almas com uma enorme sensibilidade, que amam intensamente e têm uma necessidade profunda de conexão e intimidade.
Mas o que está por trás dessas emoções tão intensas?
Quais são as causas do TPB? Como funciona a mente dessas pessoas? Existe cura?
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